quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Eu Montecchio - (Felipe Garcia)

Hoje padeço ao ver minha família brigando por nada com os parentes de meu amor. Para onde querem nos levar as custas de tanto ódio? Sigo nesta tangente em busca da minha Julieta, que hei de tê-la com custo de meu amor. O que me importa se nela corre o sangue dos Capuletos? Sinto cada vez mais aquela pele e aquele olhar doce me acompanhar de perto. Sinto aquele cheiro de rosa perfumada que ultrapassa meu olfato e intercepta no mais profundo dos meus instintos de apaixonado um amor brando e eficaz.
Quanto mais vai me custar para ter a minha esposa? Buscarei se necessário no mais profundo dos infernos a chave desta felicidade que por direito será minha. Quero com ela ir para bem longe desta corja de familiares ridículos que não conhecem o amor nem sequer o respeito.
Quem somos nós? Pobres homens que serão reduzidos a pó dentro de algumas décadas. Busco portanto, ao invés desta idolatria de sobrenomes uma nova genealogia de amor e felicidade de agora em diante.
De tanto amor seria capaz de matar um homem para poder ter a minha eterna Julieta. Estou perdidamente apaixonado por este amor que há de me levar aos longínquos horizontes nunca desbravados por ser algum.
Lá, porém, hei de criar o meu resto de vida, princípio da minha eterna felicidade ao lado de minha esposa.
Por ela recito, por ela canto, por ela sinto que daqui pra frente não haverá outra mulher que não esteja na minha Julieta.

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